Doenças provocadas pela obesidade (de diabetes a câncer)

A obesidade está associada a diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, apneia do sono e cânceres. O excesso de gordura corporal promove inflamação sistêmica e eleva o risco cardiovascular, comprometendo a saúde e a longevidade.
Dr. Pedro Pinheiro
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Obesidade

Tempo de leitura estimado do artigo: 7 minutos

introdução

A obesidade é atualmente uma das condições de saúde mais prevalentes e preocupantes em escala global. Classificada como uma doença crônica com múltiplas causas, ela resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos, ambientais, comportamentais e metabólicos. Estima-se que, até 2030, quase metade da população adulta dos Estados Unidos possa ser considerada obesa — um cenário que se reflete também em outros países, incluindo o Brasil.

Além das implicações estéticas e sociais, a obesidade está diretamente associada ao aumento do risco de várias doenças crônicas, muitas das quais com potencial de causar incapacidades prolongadas e reduzir significativamente a expectativa de vida.

Dados recentes demonstram que o risco de adoecer aumenta de forma proporcional ao grau de obesidade, sendo mais acentuado em pessoas com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m², classificação conhecida como obesidade grau III.

Doenças como apneia obstrutiva do sono, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, esteatose hepática, insuficiência cardíaca, diversos tipos de câncer e transtornos osteoarticulares estão entre as mais frequentemente associadas ao excesso de peso. Além disso, a obesidade tem impacto negativo sobre a saúde mental, a qualidade de vida e a produtividade individual, gerando também um alto custo para os sistemas de saúde pública.

Definição de obesidade

O diagnóstico da obesidade é feito com base no cálculo do índice de massa corporal (IMC), uma medida simples e amplamente utilizada na prática clínica. O IMC é obtido pela divisão do peso (em quilogramas) pela altura ao quadrado (em metros):

IMC = peso (kg) ÷ altura² (metros)

Exemplos:

  • Uma pessoa de 110 kg e 1,60 m: IMC = 110 ÷ (1,60 x 1,60) = 42,96 kg/m².
  • Uma pessoa de 75 kg e 1,80 m: IMC = 75 ÷ (1,80 x 1,80) = 23,14 kg/m².

Em adultos, os valores são interpretados da seguinte forma:

  • IMC menor que 18,5 kg/m²: baixo peso.
  • IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m²: peso considerado normal.
  • IMC entre 25 e 29,9 kg/m²: sobrepeso.
  • IMC entre 30 e 34,9 kg/m²: obesidade grau I.
  • IMC entre 35 e 39,9 kg/m²: obesidade grau II.
  • IMC maior ou igual a 40 kg/m²: obesidade grau III (ou obesidade severa).
IMC
Valores do IMC

Apesar de ser uma ferramenta prática, o IMC não distingue massa muscular de gordura corporal, nem indica a distribuição da gordura. Por isso, em alguns casos, medidas complementares como a circunferência abdominal e a razão cintura-quadril podem ser utilizadas para avaliar o risco cardiovascular relacionado à adiposidade central.

Explicamos as definições de obesidade e sobrepeso, assim como as vantagens e desvantagens do IMC, no artigo: O que é obesidade e sobrepeso?

Como a obesidade afeta a saúde?

Diversos estudos têm demonstrado que a obesidade está associada a um risco progressivamente maior de desenvolver uma série de doenças crônicas. Esse risco é diretamente proporcional ao índice de massa corporal (IMC), ou seja, quanto maior o IMC, maior a probabilidade de surgirem complicações clínicas significativas.

Pessoas com obesidade grau III (IMC ≥ 40 kg/m²) apresentam risco particularmente elevado para diversas condições, algumas delas com aumento de incidência superior a 10 vezes em comparação com indivíduos de peso normal.

É o caso da apneia obstrutiva do sono, que figura entre as doenças mais fortemente associadas à obesidade grave. Outras condições com forte correlação incluem diabetes tipo 2, esteatose hepática, gota, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial, fibrilação atrial, dislipidemia, tromboembolismo venoso, asma, osteoartrite e doença renal crônica.

Mesmo indivíduos com sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9 kg/m²) já apresentam risco aumentado para várias dessas condições. Embora o aumento relativo seja menor do que nos casos de obesidade, ele ainda é estatisticamente significativo para doenças como esteatose hepática, apneia do sono e hipertensão.

Além disso, os efeitos da obesidade não se restringem apenas ao momento presente. O excesso de peso na infância e adolescência, por exemplo, pode predispor ao desenvolvimento precoce de doenças cardiovasculares e metabólicas na vida adulta, independentemente do peso atingido posteriormente. Isso sugere que os efeitos deletérios da obesidade são cumulativos e muitas vezes irreversíveis.

Importante ressaltar que a relação entre obesidade e risco de doença é também influenciada por outros fatores, como a distribuição da gordura corporal (especialmente a gordura abdominal), o nível de atividade física, a presença de hábitos como tabagismo e o histórico familiar. Ainda assim, o IMC se mantém como um dos principais preditores de risco, com valor clínico indiscutível para triagem e estratificação dos pacientes.

Principais doenças associadas à obesidade em adultos

A obesidade exerce efeitos deletérios sobre múltiplos sistemas orgânicos, sendo considerada fator de risco primário para uma ampla gama de doenças crônicas.

A seguir, são apresentadas as principais condições clínicas ligadas à obesidade, com destaque para os dados de risco relativo ajustado* (hazard ratio ajustado – aHR) observados em indivíduos com obesidade grau III (IMC ≥ 40 kg/m²).

* O aHR (hazard ratio ajustado) é um número usado em estudos para mostrar quanto uma condição, como a obesidade, aumenta o risco de uma doença ao longo do tempo, em comparação com pessoas com peso normal. Por exemplo, um aHR de 2,0 para hipertensão significa que pessoas com obesidade têm o dobro do risco de desenvolver a doença. Já um aHR de 10,94 para apneia do sono indica um risco quase 11 vezes maior. O termo “ajustado” significa que o cálculo considera outros fatores que também influenciam o risco, como idade, sexo ou tabagismo — isolando melhor o efeito da obesidade.

1. Apneia obstrutiva do sono (aHR 10,94)

A apneia obstrutiva do sono é a condição mais fortemente associada à obesidade. O excesso de gordura na região cervical e na faringe contribui para o estreitamento das vias aéreas superiores, especialmente durante o sono, favorecendo episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa da respiração. O risco de desenvolver apneia do sono em pessoas com obesidade severa é quase 11 vezes maior do que na população com peso normal.

Para mais informações sobre a apneia obstrutiva do sono, leia: Apneia do sono: causas, sintomas e tratamento.

2. Diabetes tipo 2 (aHR 7,74)

A obesidade é o principal fator de risco modificável para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. O tecido adiposo em excesso, especialmente o visceral, leva à resistência à insulina e à disfunção das células beta pancreáticas, resultando em hiperglicemia progressiva. Estima-se que mais de 80% dos casos de diabetes tipo 2 sejam atribuíveis à obesidade.

Para saber mais sobre o diabetes tipo 2, leia: Diabetes tipo 2: causas e fatores de risco.

3. Esteatose hepática (aHR 6,72)

A esteatose hepática não alcoólica é caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado em pessoas sem histórico de consumo excessivo de álcool. A obesidade facilita esse acúmulo porque altera o funcionamento do corpo, especialmente em relação à insulina e ao uso das gorduras como energia. Com o tempo, essa gordura pode causar inflamação no fígado, levando a cicatrizes (fibrose) e, em casos mais graves, até cirrose hepática.

Para mais informações sobre a esteatose hepática, leia: O que é esteatose hepática (gordura no fígado)?

4. Gota (aHR 5,63)

A obesidade está associada ao aumento dos níveis séricos de ácido úrico, tanto por maior produção quanto por redução na excreção renal. O acúmulo de urato monossódico nas articulações desencadeia episódios inflamatórios típicos da gota. O risco de gota é mais de cinco vezes maior em pessoas com obesidade grau III.

Para ler sobre a gota, acesse: Gota: o que é, sintomas, crises e tratamento.

5. Insuficiência cardíaca (aHR 3,49)

O excesso de tecido adiposo promove sobrecarga hemodinâmica, aumento da massa ventricular esquerda e alterações na complacência miocárdica. Ou seja, o excesso de gordura corporal força o coração a trabalhar mais do que o normal, o que, com o tempo, pode causar aumento do tamanho do músculo cardíaco e dificultar o seu funcionamento.

Além disso, doenças comuns em pessoas com obesidade, como pressão alta, diabetes e apneia do sono, também prejudicam o coração. Por isso, a obesidade é considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.

Para saber mais sobre a insuficiência cardíaca, leia: Insuficiência cardíaca: o que é, sintomas e tratamento.

6. Hipertensão arterial (aHR 2,92)

O aumento do peso corporal eleva a pressão arterial por meio de múltiplos mecanismos: maior retenção de sódio, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, aumento da atividade simpática e disfunção endotelial. A obesidade é uma das principais causas de hipertensão primária na população adulta.

Para saber mais, leia: Hipertensão arterial: causas e fatores de risco.

7. Litíase biliar (aHR 2,91)

A obesidade altera a composição da bile, favorecendo o acúmulo de colesterol e a formação de cálculos biliares. Há também hipomotilidade da vesícula biliar em indivíduos obesos, o que facilita a estase e a precipitação de cristais, gerando pedras dentro da vesícula.

Para mais informações, leia: Pedra na vesícula: sintomas, causas e cirurgia.

8. Fibrilação atrial (aHR 2,77)

Pessoas com obesidade têm maior acúmulo de gordura ao redor do coração, o que pode afetar sua estrutura e funcionamento. Essas alterações, somadas à inflamação causada pelo excesso de peso, aumentam o risco de fibrilação atrial, um tipo comum de arritmia que pode causar palpitações, cansaço e aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

Para ler sobre a fibrilação atrial, acesse: Fibrilação atrial: o que é, causas, tratamento, risco de AVC.

9. Doença renal crônica (aHR 2,54)

A obesidade pode prejudicar o funcionamento dos rins ao aumentar a pressão dentro dos glomérulos (as unidades filtrantes dos rins) e causar inflamação crônica. Com o tempo, esses efeitos podem levar à perda da função renal. Além disso, a obesidade piora doenças como diabetes e pressão alta, que estão entre as principais causas de insuficiência renal crônica.

Leitura sugerida: Insuficiência renal crônica: sintomas e tratamento.

10. Embolia pulmonar (aHR 2,48) e trombose venosa profunda (aHR 2,18)

A obesidade deixa o organismo em um estado constante de inflamação e aumenta a tendência à formação de coágulos. Além disso, o excesso de peso pode dificultar a circulação do sangue, especialmente nas pernas, por causa da menor movimentação ou pressão sobre os vasos. Isso aumenta o risco de problemas como trombose e embolia pulmonar, principalmente em pessoas com obesidade grave (grau III).

Para saber mais sobre essas duas condições, leia: Embolia pulmonar: o que é, causas, sintomas e tratamento e Trombose venosa profunda (TVP) – Trombose na perna.

11. Dislipidemia (aHR 2,45)

A obesidade costuma vir acompanhada de alterações nos níveis de gordura no sangue, como aumento dos triglicerídeos e do chamado “mau colesterol” (LDL), além da redução do “bom colesterol” (HDL). Esse conjunto de alterações facilita o entupimento das artérias e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares precocemente.

Explicamos os riscos do colesterol alto no artigo: Colesterol alto: o que são HDL, LDL, VLDL, ApoB e Lp(a)?

12. Doença do refluxo gastroesofágico (aHR 2,15)

Em pessoas com obesidade, o excesso de gordura na região abdominal aumenta a pressão dentro do abdômen. Isso pode enfraquecer a válvula que separa o estômago do esôfago, facilitando o refluxo de ácido e alimentos para o esôfago. Além disso, hérnias de hiato (um tipo comum de hérnia na parte superior do estômago) também são mais frequentes nesses casos e contribuem para o problema.

Saiba mais em: Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e hérnia de hiato.

13. Asma (aHR 2,14)

A obesidade pode agravar a asma, tornando os sintomas mais frequentes e intensos. Isso acontece porque o excesso de peso dificulta a expansão dos pulmões, causa inflamações no corpo e interfere em hormônios que afetam a respiração. Pessoas com obesidade tendem a ter mais crises de asma e dificuldade no controle da doença.

Para ler sobre a asma: Asma brônquica: o que é, causas, sintomas e tratamento.

14. Osteoartrite (aHR 2,06)

O excesso de peso força as articulações a suportarem uma carga maior do que o normal, principalmente nos joelhos, quadris e coluna. Com o tempo, isso acelera o desgaste da cartilagem e provoca inflamações nas articulações. Esse processo leva ao desenvolvimento de osteoartrite, uma das principais causas de dor e dificuldade para se movimentar em pessoas com obesidade.

Para saber mais, leia: Artrose (osteoartrite): o que é, sintomas e tratamento.

15. Doença cardiovascular aterosclerótica (aHR 1,96)

A obesidade contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias (aterosclerose), o que pode dificultar ou até bloquear a passagem do sangue. Isso acontece por causa de vários fatores ligados ao excesso de peso, como inflamação no corpo, alterações nos níveis de colesterol, resistência à insulina e danos nos vasos sanguíneos. Por isso, pessoas com obesidade têm maior risco de infarto do miocárdio e AVC (derrame).

Para mais informações, leia: Infarto do miocárdio | Causas, como surge e prevenção.

Outras doenças e condições relacionadas à obesidade

  • Acantose nigricans: alteração de pele comum em pessoas com obesidade, caracterizada por manchas escuras e espessadas, geralmente no pescoço, axilas ou dobras do corpo, sendo um sinal de resistência à insulina.
  • Cálculo renal.
  • Demência.
  • Infecções (especialmente respiratórias, cutâneas e pós-operatórias).
  • Hiperandrogenismo (adolescentes com obesidade têm maior risco de hiperandrogenismo e síndrome dos ovários policísticos (SOP) de início precoce).
  • Genu varus (pernas arqueadas) e genu valgus (joelhos voltados para dentro) são alterações no alinhamento dos membros inferiores que podem surgir ou se agravar com o excesso de peso na infância, devido à sobrecarga nas articulações.
  • Disfunção sexual.
  • Infertilidade.

Obesidade e o risco de câncer

Além de todas as doenças citadas acima, o excesso de peso também é um fator de risco significativo para diversos tipos de câncer. Estimativas indicam que até 40% dos casos de câncer nos Estados Unidos em 2014 tiveram o excesso de peso como fator contribuinte.

A obesidade influencia o risco de câncer por vários mecanismos, incluindo alterações hormonais (como o aumento de estrogênio e insulina), inflamação crônica de baixo grau e disfunções no metabolismo das gorduras. Esses fatores podem favorecer o crescimento de células anormais e o desenvolvimento de tumores malignos.

Principais tipos de câncer associados à obesidade

Diversos estudos e meta-análises mostram uma associação clara entre obesidade e os seguintes tipos de câncer:

Obesidade na infância e risco de câncer no futuro

O excesso de peso durante a infância e adolescência também parece ter impacto sobre o risco de câncer na vida adulta. Um estudo de base populacional na Suécia demonstrou que meninos com sobrepeso na infância tinham risco 51% maior de desenvolver câncer ao longo da vida, mesmo que tivessem peso normal na vida adulta. Os cânceres mais frequentemente associados a esse histórico incluíram leucemia, linfoma de Hodgkin, câncer de cólon e de mama.

Relação entre obesidade e saúde mental

A relação entre obesidade e saúde mental é complexa e bidirecional, ou seja, uma pode influenciar a outra de maneira significativa. Diversos estudos têm demonstrado que indivíduos com obesidade apresentam maior risco de desenvolver transtornos mentais, e, ao mesmo tempo, certos quadros psiquiátricos podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da obesidade.

Impacto da obesidade na saúde mental

A obesidade pode afetar a saúde mental de várias formas:

  1. Estigma social e discriminação: pessoas com obesidade frequentemente sofrem preconceito em diferentes contextos — no trabalho, em ambientes sociais e até em serviços de saúde. Esse estigma pode gerar sentimentos de vergonha, baixa autoestima, isolamento social e depressão.
  2. Imagem corporal e autoestima: a insatisfação com o próprio corpo é comum entre pessoas com obesidade e pode levar à distorção da autoimagem, contribuindo para ansiedade, depressão e transtornos alimentares.
  3. Qualidade de vida: a obesidade está associada à limitação funcional, dores crônicas e outras condições físicas que reduzem a qualidade de vida, o que pode impactar negativamente o bem-estar emocional.

Impacto da saúde mental na obesidade

Por outro lado, transtornos mentais também podem contribuir para o surgimento ou agravamento da obesidade:

  1. Alimentação emocional: indivíduos com depressão, ansiedade ou estresse crônico muitas vezes recorrem à comida como forma de conforto, especialmente alimentos ricos em gordura e açúcar. Esse comportamento pode levar ao ganho de peso.
  2. Uso de medicamentos psiquiátricos: certos psicotrópicos, como antipsicóticos atípicos, antidepressivos tricíclicos e estabilizadores de humor, têm como efeito colateral o aumento do apetite e do peso corporal.
  3. Sedentarismo: estados depressivos ou ansiosos costumam reduzir a motivação para atividades físicas, o que contribui para o balanço energético positivo e, consequentemente, para o ganho de peso.
  4. Transtornos alimentares: condições como o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) são frequentemente associadas tanto à obesidade quanto a quadros psiquiátricos, especialmente à depressão.

Riscos da obesidade na infância e adolescência

A obesidade infantil tem crescido de forma alarmante nas últimas décadas e representa um fator de risco importante para diversas doenças já na infância — muitas das quais antes restritas à população adulta.

Crianças e adolescentes com obesidade apresentam maior risco para:

  • Hipertensão, dislipidemia e resistência à insulina, que podem evoluir para diabetes tipo 2;
  • Doenças hepáticas, como a esteatose hepática;
  • Problemas ortopédicos, como joelhos desalinhados, fraturas e epifisiólise;
  • Apneia do sono e asma;
  • Distúrbios psicológicos, incluindo depressão, baixa autoestima e isolamento social.

Além disso, o excesso de peso nessa fase da vida aumenta a probabilidade de obesidade persistente na idade adulta, com risco acumulado de doenças cardiovasculares, câncer e complicações metabólicas.

A prevenção e o tratamento precoce são essenciais e devem envolver não apenas a criança, mas também a família e a escola, promovendo hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida.

Falamos especificamente da obesidade infantil no artigo: Obesidade infantil: causas, riscos e como evitar.


Referências


Autor(es)

Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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